A madrugada invadiu minha mente
Dominou os pensamentos
Amarrou o coração
Sentou em cima das horas
E me obrigou a observa-la
Completamente insone
Pensamentos, sonhos e desejos
Todos vieram e foram
Na madrugada, onde a reflexão é a ação
Ás horas passam e sou refém
Meu cérebro se recusa a dormir
E o bendito sono, não fica e não vem
Então a poesia bate a porta
Dama singela e educada
Mas conheço a bendita
É só uma safada
Se recusa a ir embora enquanto não me tiver
Enquanto não me usar e abusar
Então me faço seu instrumento
E escravo da poesia e do sentimento
Nas horas escuras da madrugada
Aproveitando e odiando cada momento.
Cada batida do coração
O cansaço e a emoção
O medo e a solidão
Me enfrentam e sempre me enfrentaram
Pois sou apenas um poeta
Um instrumento, uma porta
Vivendo cada momento
E correndo a cada hora.
